A cada ano, inovações e tecnologias emergentes nos aproximam de uma sociedade totalmente conectada. Enquanto a indústria trabalha arduamente para atender à demanda por conectividade constante, provedores de serviços de telecomunicações enfrentam o desafio de se destacar em um mercado saturado. Eles precisam navegar em uma onda de novas soluções e tecnologias que prometem oportunidades lucrativas, equilibrando a necessidade de reduzir custos em serviços existentes com o imperativo de gerar resultados de negócios significativos por meio do investimento em aplicativos, tecnologias e serviços inovadores.
Assumi recentemente o cargo de diretor de tecnologia de telecomunicações na Red Hat, e meu foco segue em entregar valor aos nossos clientes por meio de resultados de negócios tangíveis, otimizando soluções que conectam a sociedade e aprimoram a qualidade de nossas vidas. Nos próximos anos, os provedores de serviços tomarão medidas deliberadas para adotar tecnologias emergentes com foco em eficiência operacional, resiliência, segurança, sustentabilidade e custos. Neste blog, compartilharei percepções de muitas conversas sobre essas considerações críticas, oferecendo uma nova perspectiva sobre como os provedores de serviços podem navegar pelos desafios que virão.
Abraçando a IA em meio do caos operacional
A inteligência artificial (IA) está bem posicionada para se beneficiar da flexibilidade disponível para implementar redes distribuídas de provedores de serviços, além de ajudar a impulsionar suas eficiências operacionais. Soluções de código aberto vêm sendo utilizadas para criar modelos de IA de pequeno porte, que podem ajudar a reduzir os custos e os requisitos de processamento, enquanto potencializam aplicativos e processos existentes de uma organização. E, ao aproveitar esses modelos de IA menores na rede de acesso via rádio (RAN), no core e muito mais, os provedores de serviços poderão enfrentar um número crescente de desafios operacionais e de negócios.
Portanto, há mais oportunidades de IA para os provedores de serviços do que nunca. Mas sabemos que isso pode gerar mais complexidade, especialmente à medida que o número e o tamanho dos aplicativos de IA aumentam. A Red Hat está trabalhando para simplificar essa complexidade crescente com esforços de engenharia de dados e soluções confiáveis, a partir das soluções Red Hat Enterprise Linux AI e Red Hat OpenShift AI, que possibilitam o processamento mais rápido de dados, a tomada de decisões em tempo real e o aprimoramento de desempenho para aplicativos.
Provedores de serviços poderão aproveitar a IA para permitir a automação inteligente da gestão do ciclo de vida. Isso proporcionará insights mais profundos em vários domínios de rede e TI, incluindo cada dispositivo e serviço, para melhorar a eficiência de negócios e recursos. E já estamos vendo isso acontecer. Muitos provedores de serviços superaram a fase inicial de testes da IA e já estão implementando um conjunto diversificado de assistentes cognitivos, atendimento ao cliente e casos de uso de operações comerciais, tendo em vista que seus benefícios comerciais podem ser facilmente quantificados. Alguns provedores de serviços também estão oferecendo essas capacidades de IA como um serviço para seus clientes empresariais. Outros casos de uso habilitados para IA estão sendo testados para todo o seu ambiente de rede, especialmente dentro do AI-RAN, para alcançar objetivos de sustentabilidade e para a construção de infraestrutura inteligente autônoma.
Ainda que existam ganhos substanciais ao se investir em IA, o retorno de investimento (ROI), não é exatamente óbvio, de imediato. Isso significa que os provedores de serviços devem identificar um objetivo realista para aumentar a produtividade e a eficiência operacional por meio da IA e implementá-lo em seus negócios de forma adequada. Ao aproveitar a IA com metas claras e uma estratégia definida, os provedores de serviços podem levar seus projetos de IA à produção mais rapidamente e se destacar.
De telco para techco
Nos últimos anos, vimos um aumento no movimento de telco para techco — ou seja, a jornada das operadoras de telecomunicações para expandir seu modelo de negócios e se tornar uma techco: um provedor de serviços digitais e de tecnologia. À medida que essa transição ocorre, os provedores de serviços enfrentam desafios como restrições regulatórias, ameaças cibernéticas e mudanças culturais dentro de suas organizações. No entanto, ao adotar tecnologias e metodologias de código aberto, eles podem superar esses obstáculos, ao mesmo tempo em que desbloqueiam novas oportunidades de crescimento, modelos de negócios inovadores e estratégias de mercado. Para ajudar a acelerar esse processo, aqui estão algumas sugestões e aprendizados de nosso trabalho com os clientes:
- Focar nos resultados de negócios, a partir de uma análise de cada fase de sua execução;
- Capacitar equipes multisetoriais para trabalhar e executar tarefas em conjunto;
- Selecionar parceiros e integradores que compreendam e se alinhem com seus objetivos de negócios;
- Adicionar à sua equipe profissionais qualificados e capacitados de parceiros;
- Automatizar todos os processos para reduzir a complexidade operacional e ganhar agilidade;
- Estabelecer critérios claros de sucesso e monitorar o progresso dos projetos;
- Liderar esforços para integração e governança da empresa de forma contínua;
- Começar com pequenas mudanças e fazer ajustes contínuos conforme necessário.
A virtualização está de volta (mas nunca foi embora)
O interesse na virtualização foi renovado graças a uma nova perspectiva entendida por toda a indústria de telecomunicações. Embora os provedores de serviços estejam aproveitando a virtualização em grande escala ao redor do mundo há algum tempo, agora estão olhando mais de perto para seus investimentos em soluções legadas. Isso é resultado do aumento dos custos comerciais e de um cenário de negócios em rápida mudança.
À medida que os provedores de serviços exploram alternativas para sua atual infraestrutura de virtualização, estão descobrindo novas maneiras de quantificar os resultados de negócios, transformando esse ecossistema virtualizado em um ambiente de nuvem nativa. As operadoras também buscam essa transformação para aplicar um número crescente de modelos e ferramentas de IA em suas aplicações de negócios críticos.
Provedores de serviços trabalham com a Red Hat para economizar recursos e também transformar seus negócios, estendendo a vida útil de suas máquinas virtuais (VMs). Eles vêm ganhando benefícios operacionais por meio de uma abordagem unificada, a qual gerencia aplicativos virtualizados legados e cargas de trabalho modernas nativas da nuvem.
Arquiteturas nuvem ganham tração para a adoção do Open RAN
Os deployments do Open RAN têm progredido mais lentamente que os de RAN tradicional; em tempo, a tecnologia emergente alcançou a rentabilidade e o desempenho necessários para uma adoção em larga escala. O ecossistema amadureceu, apoiado por plataformas de nuvem comuns e ferramentas operacionais que facilitam a automação e a gestão do ciclo de vida em muitos sites de RAN.
Provedores de serviços que operacionalizaram aplicações do núcleo 5G multivendor em plataformas nativas da nuvem aplicaram esses aprendizados ao Open RAN, acelerando o time-to-market (tempo até ser disponibilizado no mercado). O Open RAN está sendo impulsionado por sua capacidade de permitir que os provedores de serviços se diferenciem dos concorrentes, ao mesmo tempo em que melhoram a segurança, as operações e a entrega de serviços na edge.
As redes privadas estão surgindo como principais diferenciais de adoção, aproveitando o Open RAN para soluções empresariais personalizáveis e confiáveis. Os provedores de serviços também estão usando o Open RAN com acesso sem fio fixo (FWA) para expandir a banda larga para áreas sem cobertura. Enquanto isso, ofertas comerciais de satélites de órbita baixa (LEO), integradas com as redes não-terrestres (NTN), devem estender a banda larga móvel para regiões remotas.
Aproveitando a observabilidade para impulsionar uma infraestrutura inteligente autônoma
A observabilidade é uma abordagem orientada por dados para automatizar a infraestrutura em implementações de hardware, software e nuvem. Acessar esses dados e analisá-los em escala é o novo diferencial dos provedores de serviços. Usando dados, combinando análise preditiva, IA generativa (genAI) e APIs abertas, provedores de serviços poderão gerar insights profundos e recomendações operacionais para construir uma infraestrutura inteligente autônoma.
Um exemplo de infraestrutura inteligente autônoma é a IA no RAN, que pode gerenciar dinamicamente frequências, setores e estações base, melhorando a eficiência, o consumo de energia e os índices de desempenho. Da mesma forma, a IA generativa e o AIOps estão possibilitando manutenção preditiva, análise precisa da causa raiz (RCA) e tomada de decisões mais inteligentes com restrições para privacidade e conformidade.
Estabelecendo as bases para o 6G e o que vem a seguir
Provedores de serviços estão adotando uma abordagem mais cautelosa para a próxima geração da arquitetura móvel (6G), com foco na melhoria dos resultados de negócios. Definir o 6G envolve mais do que apenas infraestrutura – exige a participação de um ecossistema mais amplo de players da indústria, demandando mudanças estruturais e culturais em toda a cadeia de valor. Essa abordagem colaborativa será essencial para impulsionar a inovação e garantir que a tecnologia atenda às demandas do futuro.
No próximo ano, utilizando o núcleo moderno 5G e aplicativos de rede RAN em plataformas de nuvem mais simples, a indústria de telecomunicações concentrará seus esforços em:
- Descobrir quais aspectos-chave do 6G se diferenciam das capacidades do 5G;
- Compreender a eficácia de arquiteturas distribuídas com infraestrutura inteligente autônoma impulsionada por IA;
- Descobrir o valor de APIs abertas para simplificar interações entre múltiplos sistemas e oferecer novos serviços;
- Acompanhar a evolução da segmentação de rede com inferência de IA para permitir conectividade inteligente;
- Aprofundar a integração de todas as tecnologias fotônicas e NTN.
Como parte desses esforços, também veremos provedores de serviços explorarem novos casos de uso impulsionados pelo 6G, desde experiências imersivas em AR/VR/XR e veículos autônomos avançados (V2X) até posicionamento de precisão e sensores integrados. Essa exploração também pode ajudar a levar à integração mais eficiente da Internet das Coisas (IoT), o que amplia a forma como entregamos serviços em operações remotas e na edge.
O código aberto irá desempenhar um papel fundamental na adoção da inovação, fornecendo a flexibilidade necessária, gerenciando a imprevisibilidade e mantendo a independência em nosso mundo em rápida evolução. O caminho à frente se concentrará em aproveitar a IA combinada com automação autogerenciada (closed-loop) para desbloquear novos serviços orientados a dados, atingir metas ambiciosas de sustentabilidade e construir um mundo melhor. Diante da constante disrupção, a jornada de um provedor de serviços exigirá ajustes constantes, capacitação das equipes para mudar a forma como trabalham e se destacam na multidão, enquanto atingem mais valor para os negócios e eficiência operacional.
Sobre o autor
Ian is Chief Technologist, Global Service Provider Business at Red Hat, the world’s leading provider of open source technologies. Ian brings more than 30 years of engineering, business, and telecommunications industry leadership to Red Hat. Acting as a catalyst and trusted advisor, Ian brings together a wealth of industry and open source community insight to help our customers flourish in the digital economy.
More recently, Ian was responsible for global service provider architecture at Cisco, leading their SDN/NFV portfolio vision and business transformation strategy. With his extensive background in system engineering, product management, and business development, Ian has proven expertise in helping organizations navigate and succeed in today’s fast-paced competitive environment.
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