A rede de acesso via rádio (RAN) é a parte da rede mobile que conecta os dispositivos de usuários finais, como smartphones, à nuvem. As informações são transmitidas dos dispositivos por ondas de rádio aos transceptores da RAN. Por sua vez, os transceptores enviam os dados para a rede principal conectada à internet global.
Para as operadoras de redes de telecomunicação, as RANs são pontos vitais de conexão que representam uma fatia significativa das despesas gerais com infraestrutura. As RANs executam processamento intensivo e complexo, e agora enfrentam demandas cada vez maiores à medida que mais casos de uso de edge e 5G surgem para os clientes.
Assim como a virtualização das funções de rede possibilitou a modernização das redes de telecomunicação, princípios similares podem ser aplicados à RAN. Essa é uma questão de extrema importância agora que o setor está fazendo a transição para o 5G. Na verdade, a transformação atual da rede 5G depende da virtualização da RAN, com uma crescente expectativa de que ela seja baseada em container e nativa em nuvem.
O que é open RAN (O-RAN)?
A virtualização da RAN e o movimento em direção às implementações nativas em nuvem e baseadas em container dessas redes resultaram no desenvolvimento de padrões para interfaces de open RAN que são seguidos por todo o setor. Esses padrões, promovidos pelo Telecom Infra Project (TIP) e a O-RAN Alliance, tornam viável a interoperabilidade dos equipamentos de RAN, sejam eles de qualquer fornecedor.
Com as open RANs, as empresas conseguem simplificar as operações de rede com mais flexibilidade, disponibilidade e eficiência. E ainda podem atender a um número crescente de dispositivos e aplicações que exigem altas larguras de banda. Em comparação com as soluções baseadas em VM, as open RANs nativas em nuvem e baseadas em container, em geral, oferecem custos reduzidos, mais facilidade de modificação e upgrade, escalabilidade horizontal e menos dependência de fornecedor.
Quais são as vantagens das novas arquiteturas de RAN?
Muitas operadoras reduziram os custos e criaram uma infraestrutura mais ágil ao implementar várias de funções de rede virtuais (VNFs), incluindo firewalls virtuais, DNS, SBC/IMS, núcleos de pacotes evoluídos virtualizados (vEPCs), para redes 4G e vRANs.
Esta abordagem:
Usa menos hardware e com mais economia.
Aumenta a flexibilidade.
Permite aumentar e diminuir cargas de trabalho com facilidade.
Possibilita escalar recursos com flexibilidade para atender às mudanças nas demandas da rede.
Qual é a estratégia de open RAN da Red Hat para as operadoras de telecom?
A modernização das redes exige que as cargas de trabalho e os serviços migrem do núcleo (em data centers) para a edge, ou seja, nos pontos de presença e escritórios centrais. Assim, é possível oferecer serviços aos assinantes com mais eficiência, menor latência e maior largura de banda.
Nossa solução de NFV, open source e baseada em padrões, cria uma base estável e interoperável para seu desenvolvimento. Ela é o resultado das importantes contribuições da Red Hat aos projetos OpenStack, máquina virtual baseada em Kernel (KVM), Data Plane Development Kit (DPDK), Kubernetes e OpenShift Origin Community Distribution (OKD).